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Onde estão as Costureiras?


O título era este mesmo, " Onde estão as costureiras?" Esta pergunta também é frequente em Ponte Nova pelos atelier, fabricas de uniformes e até mesmo para uso social e domestico.



Como também tenho um atelier, conheço a escassez de profissionais em Ponte Nova sendo minha intenção na publicação um alerta as moças e senhoras em busca de um setor profissional em realização pessoal e profissional.



Artigo da revista " O Confeccionista Texto de Vera Campos".







Precisa-se de costureira. Isso é o que mais se vê nas fachadas das confecções. " Colocamos anúncio e não conseguimos ninguém" lamenta Eliete Morais, responsável pela área administrativo-financeira da Tonâge, confecção de roupas de festas femininas sediada na região metropolitana de Porto Alegre. "As costureiras boas estão se aposentando, e está difícil encontrar quem saiba trabalhar uma peça mais elaborada inteira" , diz: " Mão de obra existe, mas não qualificada", sustenta Agnaldo Reis, diretor da Cris Bonés de Apucarana (PR), especializada na confecção de brindes promocionais. "Por isso, se a profissional é boa, pagamos o quanto ela pede. Temos de dançar conforme a música", afirma.



O que está havendo com o setor que mais emprega no Brasil (perde apenas para a indústria de construção), que tem seus quadros formados em 70% por mulheres e que é o primeiro emprego de 30% do 1,7 milhões de trabalhadores da indústria têxtil e confecções? Fala-se num déficit de 250 mil profissionais.



Para José Ricardo Leite, presidente do Sindicato dos trabalhadores na indústria do vestuário de Londrina e região (Sintivest), que congrega 430 indústrias, a função de costureira, que já foi o primeiro emprego para muitas jovens, quase não desperta interesse na nova geração. " Novas oportunidades se abriram em outros campos, como na área de call centers e informática, além de que cursar uma faculdade e obter um diploma de curso superior também está mais fácil que antigamente." Avalia.



Primeiro Emprego



O caso de Eunice Cabral, presidente da confederação nacional dos trabalhadores em confecções, couro e vestuário e do sindicato das costureiras de Osasco e São Paulo, ilustra bem o que ocorre na profissão "Minha mãe era analfabeta, mas uma costureira de mão cheia, fazia roupas lindas." Recorda ela, que aos 13 anos de idade começou a trabalhar como ajudante geral em uma confecção do bairro paulistano do Bom Retiro. Mas minha filha sequer quis pensar na possibilidade de ser costureira, pois sente que a profissão não é valorizada.



E mais: com a especialização da atividade, o que se exige por aí são pessoas que trabalhem apenas parte das peças. Com isso, muitas profissionais deixaram o mercado e outra não tem condições de entrar na atividade, pois não tem a qualificação necessária.

O desinteressa não se resume apenas ao aspecto salarial. Em São Paulo, capital, os pisos, a serem reajustados em julho deste ano, não estão baixos e estavam fixados em R$ 520,00 para estreantes; R$ 583,15 para funções não qualificadas; R$ 766,12 para as qualificadas, e R$ 850,65 para diferenciadas, como a costureira piloteira e outras. " A falta de profissionais e a demanda do mercado ajudam a elevar os salários para cima" analisa Elias Ferreira, secretário geral do sindicato das costureiras de são Paulo e Osasco .

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